27 de Abril
Leitura bíblica: Filipenses 2.1-4
Ao ler e meditar sobre esse trecho da carta de Paulo aos Filipenses, percebo que cada detalhe é uma revelação da transfusão de vida que ocorre nas células. No verso 1, Paulo fala sobre o estar em Jesus, “se há, pois, alguma exortação em Cristo…”. Logo, a primeira realidade que devemos nos deparar na célula é justamente essa: novidade de vida. Aqueles que nasceram de novo mostram esse novo lugar àqueles que ainda querem encontrá-lo. O discipulado é basicamente isso: as novas criaturas que se tornam discípulos/as e geram outros. A célula proporciona esse desenvolvimento da nossa salvação (Filipenses 2.12).
Assim, o estar em Cristo, revela três bases principais: a consolação ou encorajamento de amor, a comunhão no Espírito e os entranhados afetos e misericórdias (um vínculo profundo de compaixão). Se não houver na célula esses três pilares, impossível será cumprir o que Paulo evoca na segunda parte: a unidade de pensamento, de amor, de espírito e de atitude. Se essa unidade é de fato gerada na célula, a próxima tarefa não ficará tão distante, a de fazer tudo sem partidarismos, rivalidade ou vaidade, considerando, com humildade, as demais pessoas como superiores, não zelando por interesses individuais, mas pelos dos outros. Meu Deus, que grande e valioso é esse exercício o de ser como Jesus é!
Desse modo, começo a pensar que toda célula então deve passar por essas três fases: aprender os princípios basilares e profundos, fortalecê-los pelo vínculo da aliança em unidade e exercê-los na prática do dia a dia. Célula é o lugar de encontro com a vida. Quem permanece ali, recebe, ensina, chora, pula de alegria e vivencia a verdadeira comunhão dos santos. É ali, que cumprimos o IDE, aprendemos e ENSINAMOS a Palavra e nos MOVEMOS como corpo de Cristo. Ser parte de uma célula é de fato ser Igreja!
Cláudia Araujo | Seminarista