29 de Janeiro
Leitura bíblica: Josué 1.6
O medo costuma ser uma reação normal do cérebro humano a uma situação que aparenta algum perigo ou ameaça. O medo, muitas vezes, nos protege: por medo de nos queimarmos, não colocamos a mão no fogo; por medo do que pode acontecer, não entramos em ruas desertas; por medo de causar acidentes, não corremos com o carro etc. Mas, o diabo, de forma sorrateira, instiga o medo em nós para diminuir a nossa fé e confiança naquilo que Deus pode fazer.
A Bíblia fala diversas vezes para não temermos, para sermos fortes e corajosos, para termos bom ânimo… Então, se a Bíblia repete esta mensagem tantas vezes, é porque Deus sabia o quanto precisaríamos ser lembrados de não termos medo. Talvez, um dos personagens bíblicos que mais tenha ouvido a expressão “tende bom ânimo” tenha sido Josué. Essa expressão se repete várias vezes no seu livro.
A primeira vez que ela aparece é em Josué 1.6, depois de Deus anunciar a Josué que Moisés, seu líder, estava morto, e era ele (Josué) quem, daquele momento em diante, seria encarregado de guiar o povo de Israel a passar pelo rio Jordão e conquistar a terra prometida (uma missão e tanto!).
Então, se Deus precisou alertar a Josué para ser forte, corajoso, e não temer, o que isso significa? Significa que ele estava com medo, pois Deus não daria uma palavra de ânimo a quem já estivesse animado ou sem medo. O medo é uma reação normal a uma situação nova, a algo diferente que nos faz sentir fora da nossa zona de conforto, ou que nos faz sentir em perigo. Portanto, era normal que Josué estivesse com medo diante de uma tarefa de tamanha responsabilidade. Mas, quando temos fé de que Cristo está conosco, nos guiando em todos os momentos que precisamos, este medo não nos domina.
O salmista Davi fala sobre isso no Salmo 86.7: “no dia da minha angústia, clamo a ti, porque me respondes”. Davi ficou conhecido como o “homem segundo o coração de Deus”. Apesar de tantos problemas pelos quais passou, a sua fé e certeza na provisão do Senhor nunca foram abaladas. Davi confiava em Deus com todas as suas forças, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento. Isto fez com que ele afirmasse, categoricamente, que no dia da angústia, ele clamava ao Senhor. E, por que ele fazia isso? Porque ele tinha a certeza de que o Senhor o responderia.
Da mesma forma, o salmista nos diz, no Salmo 125.1: “os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre”, o que, por sua vez, nos lembra da parábola que Jesus conta sobre o homem que construiu sua casa na rocha e, caindo a chuva, podia transbordar os rios, vir ventos e tudo incorrer sobre a casa, mas ela não caía, porque estava edificada sobre Rocha, que é Jesus.
Ou seja, quando estamos firmados na Palavra do Senhor, quando estamos firmados no próprio Jesus, que é o próprio Verbo de Deus, temos a certeza, a confiança de que, ainda que as tempestades e os ventos venham sobre nós, tentando nos derrubar, Jesus continuará nos mantendo de pé, pois Ele é a Rocha da nossa salvação! Por isso, podemos lançar sobre ele todos os nossos medos, todas as nossas ansiedades, porque Ele tem cuidado de nós.
Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. Portanto, Ele não muda, jamais mudará! Logo, Ele continuará cuidando de nós, até o dia da Sua volta. Jesus diz: “eis que estarei convosco até a consumação dos séculos”. Confie nisso e seja fortalecido/a por Deus neste dia. Aleluia!
Gabriela de Andrade Ferreira | Líder da Célula MOVE