LIÇÕES

Devocional 29-06

29 de Junho

Leitura bíblica: 1ª Pedro 2.9

Quando penso em chamado, lembro-me da vida dos discípulos quando Jesus os chamou. Nenhum deles estava “à toa”. Cada um tinha seu ofício e cada um exercia seu trabalho, provavelmente para sustentar sua família. Hoje, quando fazemos uma leitura profunda das Escrituras, percebemos que o Senhor Jesus instituiu uma nova forma de viver em diversos aspectos. Um deles está no exercício do sacerdócio. Quando nascemos de novo em Cristo, ganhamos uma nova identidade e uma nova missão.

Ser filho de Deus, ser um Sacerdote Real, significa que todas as coisas devem convergir para essa missão e devem se construir a partir dessa identidade. A visão de Deus para nós, ou seja, a nossa identidade, é de filhos que revelam o caráter do Pai e carregam a Sua presença. A nossa missão é proclamar o Evangelho para ganhar vidas! Portanto, a minha profissão deve convergir para esse chamado, ao sacerdócio universal que é dado a todos os cristãos.

A forma como vamos exercer é que será diferente. Há uma ordenança: “indo […] fazei discípulos!”. Por isso, precisamos conhecer então os dons, as habilidades e os talentos que Deus derramou sobre nós, a fim de que a nossa profissão seja um mecanismo facilitador para o exercício do nosso chamado, e não o contrário.

O Senhor, nosso Deus, é bastante criativo! Ele pode se revelar de várias formas; por isso, cada cristão é chamado a exercer a missão em sua área de influência, utilizando seus dons nesta tarefa. Acima do ofício está o chamado. Cabe a cada um de nós cumprir a ordenança do “ide” na especificidade do seu propósito, colocando o sacerdócio em prática, levando homens e mulheres ao conhecimento pleno da verdade, que é Jesus Cristo.

Muitos de nós podem dizer que foram forjados em um lugar de muito aprendizado e desenvolvimento, onde aprenderam a discernir os dons e talentos que Deus derramou, os quais servem para equipar nossa vocação e chamado. Esse lugar se chama comunhão do Corpo de Cristo. Hoje, precisamos nos esforçar para que a nossa profissão não tire o foco do nosso chamado, mas que, como instrumento de suporte, revele a prioridade de nossas vidas: que é glorificar a Jesus e ganhar almas para Ele. “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (1ª Coríntios 9.23).

Cláudia Araújo | Seminarista