31 de Março
Leitura bíblica: Jó 5.17-18
Todos bem conhecemos a história de Jó: que ele era homem íntegro diante do Senhor. E, o inimigo fica furioso ao ver um/a servo/a de Deus em total dedicação ao Senhor. O inimigo, na conversa com Deus, e após observar a vida de Jó, disse: “Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende, porém, a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema de ti na tua face!” (Jó 2.4-5). As palavras “ossos” e “carne” que Satanás menciona aqui significam que ele tinha intenção de afligir a vida de Jó com uma doença terrível que iria afetar todo seu corpo. Doença dolorosa e fatal.
Então, o Senhor falou a Satanás: “Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida” (Jó 2. 6). Se observarmos bem, aqui há uma ironia quando o Senhor ordena que Satanás poupe a vida de Jó, pois bem sabemos que éisso que o nosso Deus faz por nós. Ele zela pela vida do Seu povo.Aqui, o Senhor permite a Satanás tocar na vida de Jó, sem lhe tirar a vida. Dentro desse período de sofrimento de Jó, com a enfermidade de chagas por todo seu corpo (havia uma semelhança com a praga de úlcera que caiu sobre os egípcios), Jó amaldiçoa seu nascimento e lamenta a sua miséria. Contudo, Jó não blasfemou contra Deus. Tamanho era o sofrimento causado pela enfermidade, ele estava expressando a intensidade de sua agonia e desespero. Tenho certeza que Jó bem sabia que o propósito da vida não é a felicidade própria, mas o louvor e a glória de Deus.
Nas horas de dor, sempre aparecem os amigos. Com Jó não foi diferente. O primeiro amigo a falar foi Elifaz. Segundo a sua observação distorcida, ele acreditava que Deus jamais castigaria um justo e deixaria de punir um pecador. Então, na sua conclusão, Jó só estava passando por tudo porque estava em pecado (Jó 4.7-9).
Depois de tudo que Elifaz despejou sobre Jó, ele sugere que confie sua causa a Deus, em vez de lidar com ela sozinho. Aqui, Elifaz fala algo bom, mesmo que Jó não estivesse dentro da situação apresentada por ele. As palavras de Elifaz fazem sentido porque o Senhor disciplina os filhos/as que ama. Ele diz que Deus é responsável pela dor e pelo refrigério. Quando Deus permite a dor em nossas vidas, não é para nos magoar, mas para nos aperfeiçoar, a fim de que nos tornemos melhores.
Lembrando os irmãos/ãs que esse não era o caso de Jó; mas, como disse Elifaz: “Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus castiga; não desprezes, pois o castigo do Todo-poderoso” (Jó 5.17). Somos mais do que felizes quando recebemos a correção do nosso Deus. Ainda que cause dor saiba que é o melhor, porque o Senhor é completamente bom e justo.
Pra. Rosemary Barbosa